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EVANGELHO SEGUNDO FREI LUIS
Com nossas vida escrevemos nosso próprio evangelho.
É a encarnação de cada um.
Nós, no sertão, temos um coração semi-árido, cortado por um rio que nos inunda, chamado são Francisco.
Aqui aprendemos a cuidar de cada gota d'água disponível.
Há anos um frei chamado Luís deixou o conforto e mergulhou no sertão nordestino, ás margens do rio são Francisco, na cidade de Barra (BA).
Nunca perdeu seu simplicidade cotidiana.
Seu contato permanente é com a população sertaneja e com o rio são Francisco.
É nessas fontes que bebe sua própria espiritualidade.
É homem acostumado aos longos jejuns e orações.
No semi-árido não há lugar para príncipes.
Repetindo dom Hélder Câmara, "aqui se é profético, ou não se é nada".
Por isso, quando o bom senso das autoridades desaparece, ele corre a loucura do jejum e da oração para demovê-los e chamá-los novamente à luz da razão".
Seu gesto aponta em direção ao mundo novo, denuncia a degradação de uma civilização decadente, anuncia que a humanidade terá que reinventar seu jeito de viver com suas águas, suas florestas, seu planeta e consigo mesma.
Desta foram, através de sua vida, frei Luís escreve seu próprio Evangelho, que vai sendo impresso nos corações
de todos os ribeirinhos do são Francisco.
Roberto Malvezzi
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